"Livre pra sonhar, livre pra cantar
Livre pra viver do jeito que quiser
Livre pra sentir, seja por quem for
Todo sentimento lindo que existir
Livre pra sair, livre pra chegar
Livre pra deixar a vida te levar
Onde estiver, livre pra seguir
A filosofia que o amor mandar"
Nesta sexta-feira, 24, durante passagem por Fortaleza, Ceará, Rosanah Fienngo fez nova visita à TV Diário e gravou participação no programa Sua Manhã, comandado por Maísa Vasconcelos. Convidada do quadro Na Roleta (foto), Rosanah teve temas como Carreira, Família e Casamento colocados na berlinda. Na semana em que convivemos, em curto espaço de tempo, com eventos que pacificamente mobilizaram milhões de pessoas pelo país - da Marcha Para Jesus à Parada do Orgulho GLBT, sem esquecer das Marchas pela Liberdade promovidas na esteira da decisão do STF que reafirmou o pleno direito à liberdade individual de expressão -, merece destaque a revelação da intérprete de que tem sofrido preconceito por parte de algumas ordens evangélicas contrárias aos seus projetos paralelos na seara gospel, gênero pelo qual Rosanah declara ser apaixonada - "sempre cantei". A intérprete ainda esclareceu que, apesar da recente declaração de que se converteu ao evangelho (na mesma TV Diário), segue normalmente com a sua consagrada carreira de cantora popular - "não sou cantora evangélica, continuo fazendo meu trabalho (secular) como as (recentes) trilhas de Caras & Bocas e Ti-Ti-Ti".
Projetos gospel - Revelando ser evangélica desde o ano 2000 - "fui batizada na Renascer, em São Paulo" -, a intérprete afirmou que no Brasil ainda existe preconceito quanto ao artista conciliar as duas vertentes musicais - gospel e secular. "Sempre sofri rejeição, como por exemplo na época em que era contratada da (gravadora) Universal e quis fazer um projeto gospel e não me deixaram. Cantoras como Mariah Carey e Whitney Houston lançaram projetos gospel e nem por isso abandonaram suas carreiras (seculares)".
Em tempo: um ano após lançar Essa Sou Eu pela Universal, em 1995 a gravadora despejou nas lojas 25 de Dezembro, disco de temática natalina lançado por Simone que se tornou um fenômeno de vendas.
Formação vocal - Rosanah Fienngo também reafirmou sua antiga filiação ao gênero que conta ter exercido influência em sua formação vocal, e que a cada ano vem ganhando mais terreno no país - basta ver o espaço que programas de tevê comandados por Raul Gil, Eliana e Ana Hickman têm dedicado ao estilo.
"Eu sempre cantei gospel, é da minha formação. As próprias cantoras que eu ouvia quando era criança, como Tina Turner, Aretha Franklin e Etta James, começaram cantando em igrejas. Eu peguei muito dessa técnica vocal que vem da igreja evangélica Batista norte-americana. Hoje eu sou da Igreja Batista mas continuo sendo a Rosanah Fienngo", frisou.
deu no youtube 1 - a diva do soul Aretha Franklin, mais uma intérprete que exerceu forte influência na formação vocal de Rosanah Fienngo, visita o show televisivo de Tom Jones e, juntos, entoam o hino gospel Spirit In The Dark:
Fim ao preconceito - Ao encerrar o tema, a intérprete disparou contundente recado aos dirigentes de igrejas evangélicas brasileiras:
"Quero aproveitar esse espaço para pedir pras pessoas pensarem melhor. Algumas ordens evangélicas são muito radicais. Eu acho isso horrível e fora de moda. Lá fora nunca houve isso, as divas sempre fizeram projetos gospel e continuaram suas carreiras (de cantoras seculares). Eu queria ser mais aceita por algumas ordens evangélicas. Graças a Deus já fui aceita pela Batista, onde me encontrei". E finalizou: "Já temos exemplos como a Batalha de São Bartolomeu, que foi um horror e já mostrava que não pode haver divisão entre os homens; Jesus não queria isso, ele queria todos nós juntos, pertos um do outro, dando a mão um para o outro pra gente fazer a união. Então preconceito tem que acabar".
Independente - Zen é criação de Rosanah Fienngo e Carlos Colla que, nos vocais, conta com a participação do fiel parceiro Serjão Loroza (foto), de Vende Peixe-se (1996, Natasha Records), a defender o seu Rap Das Divindades. Produzido por Lincoln Olivetti, a canção foi lançada em single, em esquema independente, no início de 2009 e chegou a ser cogitada para integrar a trilha sonora da telenovela Caminho Das Índias (2009, Rede Globo), de Glória Perez. Ao tornar as duas criações - Zen e Rap Das Divindades - uma só canção, a sempre guerreira Rosanah Fienngo nos brinda com vigorosa ode à tolerância, a celebrar o sincretismo religioso e o respeito à diversidade (temas que aliás inspiraram o vídeo que abre esse post). Rosanah nas alturas!
deu no youtube 2 - versão remix de Zen, criação de Rosanah Fienngo em parceria com Carlos Colla e Serjão Loroza lançada em esquema independente no ano de 2009. Um poderoso mantra para ser praticado no dia a dia:
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